“Escassez Hídrica” deixa o Mercado Regulado ainda mais caro e MWh custará R$ 142 

Em bandeira tarifária "escassez hídrica", MWh custará R$ 142. O aumento representa cerca de 50% do cobrado até então na bandeira vermelha patamar 2.
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Permanecer no mercado regulado de energia está ainda mais caro. Para reduzir os efeitos da crise hídrica no país, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou, nesta terça-feira (31/08) a bandeira tarifária “Escassez Hídrica”. Ela terá valor de R$ 142 o MWh. O aumento representa cerca de 50% do cobrado até então na bandeira vermelha patamar 2. 

 O reajuste entra em vigor a partir de 1 de setembro.  A previsão da Aneel é de que esse patamar  permaneça pelos próximos sete meses, ou seja, até abril de 2022. 

 Crise hídrica já havia sido alertada

Em julho deste ano, ao anunciar o reajuste da bandeiras tarifárias, a Aneel já alertava para a gravidade do momento.

Na ocasião, o Operador Nacional do Sistema (ONS) destacou o registro de sucessivos recordes de níveis críticos dos principais reservatórios. O órgão também alertava que o país vivia a pior crise hídrica desde 1931, ou seja, em 91 anos.

Agravamento da escassez hídrica

O cenário que já era negativo, ficou ainda pior. As chuvas na região sul ficaram abaixo do esperado. Assim, as usinas hidrelétricas seguem gerando cada vez menos do que o necessário.

Para suprir os 5,5 GW de energia faltantes no SIN (Sistema Interligado Nacional), o governo tem comprado energia de termelétricas. Energia mais cara pois utiliza insumos derivados de petróleo, e que oscilam valores de acordo com cotações internacionais.  Além disso, também tem sido necessário importar energia de países vizinhos. 

Escassez hídrica gera R$ 8,6 bilhões em custos

O Ministério de Minas e Energia estima um custo adicional de R$ 8,6 bilhões com energia de setembro a novembro, o que inclui importação da Argentina e do Uruguai e da ativação de novas termelétricas.

Esse montante soma-se ao déficit de arrecadação de R$ 5,2 bilhões na conta das bandeiras, anunciado pelo governo em julho desse ano e oriundos da conta-covid.

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Redução de uso para conter a crise  

Além do aumento do preço, recentemente, em coletiva à imprensa, o MME (Ministério de Minas e Energia) informou que os órgãos públicos federais estão com meta de redução de 20% do consumo de energia.

Já para os consumidores residenciais do mercado regulado, o estímulo à redução virá em forma de desconto na conta de luz. Um bônus de R$ 0,50 por cada quilowatt-hora (kWh) do volume de energia economizado será repassado a quem economizar de 10% a 20%.

ACL é livre de bandeiras tarifárias

Uma das maiores vantagens da migração para o Ambiente de Contratação Livre de Energia  está no fato de que ele é isento de bandeiras tarifárias.

Além disso, por meio da contratação de fontes incentivadas o ACL auxilia o SIN a diversificar a Matriz Energética, diluindo a dependência de fontes hidráulicas e mitigando crises.

A base de cálculo do valor da energia é feita sobre as condições de geração. Cada modalidade apresenta características que permite ao setor uma noção prévia dos custos de geração. Assim é possível se ter o controle do custo e a previsibilidade da demanda de energia.

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