Reduza custos entrando no mercado livre de energia. Com certeza você já ouviu algo parecido se a demanda de energia contratada pela sua indústria, hotel, rede de lojas ou qualquer outro modelo empresarial é maior ou igual a 500 kW. Esse é o limite de corte para ingressar no Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde um bom contrato pode reduzir gastos de energia em 30% na comparação com o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), cujo único fornecedor possível é a concessionária de distribuição local.
Basicamente, o mercado livre de energia funciona da seguinte forma: a negociação entre fornecedor e consumidor é autônoma, ou seja, só depende do acordo entre as duas partes para definições de preço, período de suprimento, flexibilidade do contrato, tipo de energia, etc.. Não há ingerências de entes públicos ou privados. O único órgão existente é a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que não tem fins lucrativos, apenas registra e contabiliza o que foi contratado.
A adesão à CCEE é compulsória, e todos os custos de operação do órgão são divididos entre os integrantes do mercado livre. A única tarifa fixa é a taxa fio, como é chamado o valor cobrado pela distribuidora local para manter a empresa ligada à rede elétrica.
O princípio é simples, complicado é saber tirar proveito dele. No mercado livre de energia os preços variam mensalmente, podendo oscilar entre R$ 39,68 e R$ 559,75 por MWh, conforme o PLD, que é determinado por diversos fatores como previsão de chuvas, demanda do sistema e oferta. O mercado livre é um ambiente dinâmico, com regras e modelos de negócio que permitem que a empresa compradora possa revender energia caso o consumo mensal tenha ficado abaixo do montante contratado, por exemplo.
Mercado livre como alternativa para reduzir gastos com energia
Pelos pontos destacados acima é preciso monitorar continuamente o mercado livre de energia, conhecer bem as suas regras e os seus players. E ninguém faz isso melhor que uma empresa especializada em gestão de energia. Elas são parceiras fundamentais para alinhar um contrato vantajoso, aproveitando as condições e oscilações de mercado.
É o caso da Camerge, que tem 12 anos de atuação e realiza a gestão de mais de 470 unidades, entre usinas e consumidores de todo o país. Fazendo uso dessa expertise, a Camerge atua com o objetivo de intermediar os melhores contratos de energia, buscando os melhores preços e condições, elaborando estratégias assertivas e maximizando resultados.
Um dos maiores atrativos do mercado livre é o fato de qualquer empresa poder comprar ou vender energia. Ou seja, se o montante adquirido por sua empresa for superior ao que foi consumido no mês, é possível vender o excedente. E essa operação pode ser bastante vantajosa, já que a cotação do momento pode estar mais alta do que o preço por MWh estabelecido previamente em contrato.
Alerta contra a especulação
Aqui também cabe um alerta, pois já houve casos de empresas que contrataram mais do que a previsão de consumo visando uma oportunidade futura de lucro com a venda do excedente. No entanto, como toda especulação isso pode ser um tiro no pé caso os preços se mantenham estáveis ou caiam, como caíram durante a pandemia por causa da menor demanda de energia.
De acordo com especialistas da Camerge, o momento é favorável para negociar contratos, pois a pandemia diminuiu a atividade econômica, aumentando a oferta de energia e reduzindo o preço do MWh. A tendência atual do mercado é portanto de expansão, com mais empresas ingressando no ambiente de contratação livre.
Plano de eficiência é recomendado, mas não é pré-requisito
Em termos de despesa inicial, o ingresso implica apenas o custo com a adequação do medidor de energia da unidade consumidora. Em termos burocráticos, além da adesão à CCEE é obrigatória a abertura de conta na agência 0895 do Bradesco, que é o banco responsável por toda a operação financeira do mercado de energia.
Vale lembrar ainda que muitas empresas aproveitam o ingresso no mercado livre para botar em ação medidas e práticas de eficiência energética, como aproveitamento de luz e ventilação naturais e troca de equipamentos.
Embora recomendada, essa etapa não é pré-requisito para migrar no mercado livre de energia. O plano de eficiência energética pode ser posto em prática inclusive durante o processo de mudança de mercado de energia.